DE PAIXÃO NACIONAL A CAMPO MINADO: O FUTEBOL BRASILEIRO ENTRE REGRAS, VAR E DESILUSÕES

Abril 8, 2025 - 07:25
Abril 8, 2025 - 09:08
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DE PAIXÃO NACIONAL A CAMPO MINADO: O FUTEBOL BRASILEIRO ENTRE REGRAS, VAR E DESILUSÕES
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O Coração na Arquibancada

O futebol, que já foi expressão de arte, agora parece uma equação cheia de incógnitas. Antigamente, bastava ver a bola rolar para o coração bater mais forte. Hoje, entre decisões do VAR e regras que mais confundem do que ajudam, o torcedor se pega questionando: onde foi parar a alma do nosso futebol?

Na arquibancada, o burburinho é outro. Em vez de discutir aquele drible mágico ou a comemoração irreverente, falamos de linhas imaginárias, pisões na bola e chutar a bandeira de escanteio que rendem punição. A paixão ainda resiste, mas a burocracia ameaça sufocar a essência do jogo. Como se o futebol, esse teatro de emoções, tivesse sido colocado numa gaiola.

Seleção ou Sessão de Terapia?

Uma vez, vestir a camisa verde e amarela era carregar o orgulho de um país inteiro. Hoje, acompanhar a Seleção Brasileira parece mais uma sessão de terapia coletiva. Falamos de reconstrução, transição e renovação, mas a novela continua com os mesmos capítulos arrastados. Quem entra? Quem sai? O torcedor mal pode acompanhar sem sentir um nó no peito.

Enquanto isso, os estádios ecoam um grito preso. O som do passado glorioso ainda ressoa, mas cada derrota traz o questionamento: será que a magia está mesmo perdida ou só adormecida?  

 VAR ou Véu da Confusão?

Ah, o VAR. Chegou com pompa de salvador, mas muitas vezes age como o vilão de novela. Cada consulta à tecnologia parece um espetáculo à parte, uma dança entre árbitros indecisos, gestos exagerados e um público que só quer entender o que está acontecendo. 

Era para ser simples: a justiça ao alcance de um clique. Mas como confiar em algo que transforma o óbvio em mistério? Enquanto o VAR segue "roubando" a cena, a essência do jogo fica em segundo plano.

A Revolução das regras 

E o que dizer das novas normas? Proibir pisar com os dois pés na bola soa quase como proibir o samba na Sapucaí. Não se pode ousar, criar e brilhar. A contagem de oito segundos para o goleiro que atrasa o jogo segurando a bola com as mãos, se o jogador adversário contar com os dedos na frente do árbitro é punido também com cartão por abuso de auxiliar a arbitragem e lembrá-lo da regra.

E os torcedores? ela será banida dos estádios por realizarem a contagem em uma só voz? Será que estamos testemunhando o nascimento de um "futebol de escritório", onde tudo deve seguir um protocolo rígido, sem espaço para o improviso?

Hoje, o futebol brasileiro parece uma eterna reunião que nunca termina, onde as regras mudam mais rápido que os passes em campo. E o torcedor segue firme, resistindo, acreditando que a essência, mesmo sufocada, ainda pulsa em algum lugar.

Em cada partida, em cada suspiro, em cada olhar ansioso na arquibancada, há uma fagulha de esperança. Afinal, o futebol brasileiro é maior do que qualquer crise. Ele vive na alma do seu povo.

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