CRISE FINANCEIRA CHEGA A SÉRIE B DO BRASILEIRÃO

A Série B do Brasileirão vive um momento de inquietação. O que deveria ser uma competição nacional robusta e estratégica tornou-se um campo de batalha por sobrevivência econômica. A redução das receitas de televisão e publicidade em quase 50% — de R$ 11 milhões para R$ 6 milhões por clube — não foi apenas um corte orçamentário: foi um golpe direto na espinha dorsal do futebol profissional fora da elite.
Futebol profissional sem recursos não é sustentável
Para muitos clubes, especialmente os que não têm apoio de grandes patrocinadores ou bilheterias significativas, esse repasse da CBF é praticamente a única fonte garantida de receita. Reduzir esse valor sem uma alternativa viável força demissões, atrasos salariais e desmontes de projetos estruturais. É a receita para tornar o campeonato tecnicamente pobre e socialmente irrelevante.
A promessa de diálogo: solução ou paliativo?
Embora a CBF tenha formado uma comissão com representantes de Atlético-GO, Ferroviária e Volta Redonda, a medida parece mais uma resposta protocolar do que um plano estratégico. Sem prazos definidos, metas claras ou engajamento com patrocinadores e emissoras, a iniciativa soa como um aceno político — não uma ação concreta.
A reunião contou com diversos representantes, e algumas imagens foram divulgadas pela CBF:
- Samir Xaud (Presidente da CBF) – ao centro nas fotos oficiais
- Márcio Lara (Diretor financeiro do Athletico Paranaense)
- Lucas de Paula (CEO do Coritiba)
- Álvaro Góes (Presidente do Operário)
- Hélio Cury Filho (Presidente da Federação Paranaense de Futebol)
- Adson Batista (Presidente do Atlético-GO)
- Hugo Jorge Bravo (Presidente do Vila Nova)
- Leonardo Pacheco (CEO do Goiás)
- Mário Marroquim (Presidente do CRB)
- Adalberto Baptista (Presidente do Conselho do Botafogo-SP)
- Valter Minotto (Presidente do Criciúma)
A Série B não é só uma segunda divisão: é o elo da pirâmide
Tratar a Série B como um campeonato de segunda linha é ignorar seu papel na formação de talentos, movimentação das economias locais e manutenção de tradições regionais. A negligência financeira afeta diretamente o desenvolvimento esportivo do país — e ameaça o futuro de centenas de profissionais ligados ao futebol.
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