CORINTHIANS - A NOVELA DO CARTÃO CONTINUA, E JOGO PERIGOSO CONTRA O CEARÁ

Entenda o caso
A recente reabertura das investigações sobre os gastos de Andrés Sanchez com o cartão corporativo do Corinthians reacende uma velha ferida na gestão do clube — e levanta sérias dúvidas sobre ética, transparência e responsabilidade institucional.
O que se sabe até agora:
- Andrés Sanchez, ex-presidente do Corinthians, admitiu ter usado o cartão corporativo do clube em uma viagem pessoal a Tibau do Sul (RN), no fim de 2020, e reembolsou R$ 15 mil ao clube.
- Na época, ele já havia se afastado da presidência, o que torna o uso do cartão ainda mais questionável.
- A justificativa apresentada foi uma “confusão” entre o cartão pessoal e o corporativo, já que ambos seriam do mesmo banco.
- No entanto, novas faturas vazadas mostram que essa não foi uma ocorrência isolada: há registros de despesas em Fernando de Noronha, salões de beleza, joalherias e até restaurantes de alto padrão.
O que está em jogo:
A Comissão de Ética do Corinthians aprovou a abertura de um processo interno para investigar o caso, que pode resultar em advertência, suspensão ou até exclusão de Sanchez do quadro de sócios. A votação no Conselho de Orientação foi apertada — 9 votos a favor da investigação, 7 contra — o que revela o clima de divisão política dentro do clube.
Crítica contundente:
O uso recorrente do cartão corporativo para fins pessoais, mesmo após o fim do mandato, não pode ser tratado como simples “engano”. A reincidência, somada à tentativa de minimizar o caso com justificativas frágeis, expõe uma cultura de impunidade que precisa ser combatida. O Corinthians, como instituição centenária e símbolo do futebol brasileiro, merece uma gestão que respeite seus valores e seus torcedores.
A devolução dos valores não apaga o fato: o cartão foi usado indevidamente mais de uma vez, e isso exige apuração rigorosa e responsabilização. O clube não pode ser refém de figuras históricas que confundem liderança com privilégio.
Se o Corinthians quer virar a página, precisa começar por limpar as margens. E isso inclui não apenas investigar, mas também punir — com firmeza e transparência.
Crise fora e dentro de campo: Corinthians encara o Ceará em Fortaleza
Se fora das quatro linhas o Corinthians vive turbulência com as denúncias envolvendo Andrés Sanchez, dentro de campo o cenário não é muito mais animador. O clube enfrenta o Ceará nesta quarta-feira (16), às 19h30, na Arena Castelão, pela 14ª rodada do Brasileirão — e chega com uma lista de desfalques que preocupa.
Problemas no elenco:
- Memphis Depay e Ángel Romero estão suspensos por acúmulo de cartões amarelos.
- Yuri Alberto segue fora, recuperando-se de uma fratura na vértebra.
- Gustavo Henrique, Ryan e Hugo também não jogam por questões físicas.
- O ataque está desfigurado, e Dorival Júnior terá que improvisar com jovens como Gui Negão, Kayke e Talles Magno.
Momento delicado:
- O Timão vem de derrota para o Bragantino por 2 a 1, em casa.
- Está há cinco jogos sem vencer e ocupa a 11ª posição, com 16 pontos.
- A torcida protestou no CT e na Neo Química Arena, cobrando atitude do elenco.
Do outro lado:
- O Ceará chega empolgado após vencer o clássico contra o Fortaleza.
- Está em 9º lugar, com 18 pontos, e tem 72% de aproveitamento como mandante.
- Mais de 30 mil torcedores são esperados no Castelão para empurrar o Vozão.
Resumo da tensão:
Enquanto Andrés Sanchez tenta se explicar sobre o uso indevido do cartão corporativo, o Corinthians precisa mostrar em campo que ainda tem comando e competitividade. A crise é institucional, mas o reflexo já chegou ao gramado.
Qual é a sua reação?






